Confira a 4ª edição da Vitrine de Startups da UFS
- Agitte
- 17 de dez. de 2024
- 6 min de leitura
Atualizado: 18 de dez. de 2024

No dia 13 de dezembro de 2024, no Cine Alquimia, aconteceu a quarta edição do embate intergaláctico da UFS chamado de “Vitrine de Startups”, promovido pela Agitte.se/UFS, onde as equipes finalistas EngScan, Fonlab, Hunt, Hypo Predict, NextHealth, PowerOfSun, TeneBite e Vizy do Programa de Indução de Startups (PICS) vieram de galáxias distantes e percorreram por 6 planetas de capacitação para concorrer a prêmios entre 1 mil e 8 mil reais.

Nesta edição, os convidados a compor a banca de investidores/avaliadores foram: Andrea Macedo, especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental no Estado de Sergipe há mais de 20 anos; Daiana Joice, CEO e Co-founder do Educa NE; e Ediberto de Sales, investidor anjo e CA da Quero Delivery.

O Prof. Antônio Martins, diretor da Agitte, destacou a importância do PICS para fomento do empreendedorismo e inovação na UFS por meio da criação de spin-offs acadêmicos. Jadilson Batista, gestor do PICS, apresentou a banca de avaliadores composta por Andrea da Seplan, Daiana da Geedu e Eriberto da Quero Delivery, equipes, o tempo 5 min por pitch e 6 min para perguntas dos avaliadores e os critérios de avaliação: 1) Viabilidade do Modelo de Negócio; 2) Potencial de Inovação; 3) Tamanho do Mercado; 4) Competitividade do Setor; 5) Execução e Capacidade do Time; 6) Qualidade na Apresentação.

Em seu discurso, o reitor da UFS Prof. Dr. Valter Joviniano de Santana Filho, destacou a relevância de uma educação que projete o olhar para o futuro, impulsionando transformações sociais e econômicas voltadas à construção de uma sociedade mais justa e desenvolvida. Para o reitor, essa abordagem amplia a função da educação, moldando cidadãos capazes de assumir o protagonismo no desenvolvimento e na transformação do mundo. Valter também expressou agradecimentos ao Prof. Dr. Antônio Martins e a equipe da Agitte.se, sublinhando que as mudanças globais têm início na transformação individual, por meio da capacitação de pessoas preparadas para construir um futuro mais promissor.
Durante a programação, as Startups tiveram a oportunidade de expor suas ideias e soluções inovadoras, em cinco minutos, nas áreas de saúde, engenharia, sustentabilidade, entre outras. Dentre os tópicos principais, cada equipe explicou a origem do seu modelo de negócio, seus diferenciais, potencial de escalabilidade e os impactos sociais das suas propostas.
O embate de pitchs começou com a EngScan defendendo que 57% dos acidentes prediais podem ser evitados com vistorias e inspeções e conectando essa informação com uma vivência pessoal de incêndio. Esse mercado tem oportunidades em relação à manutenção, perícia e assistência técnica de infraestruturas velhas, inspeções em novas construções e avaliação imobiliária. Uma dificuldade do setor de engenharia diagnóstica são os processos demorados para emissão de laudos técnicos e a EngScan é um software de automação que transforma processos complexos de captura e análise de dados de inspeção predial em algo rápido, eficiente e altamente lucratividade. A banca avaliadora questionou sobre o público-alvo e o modelo de negócios.
A próxima equipe foi a Fonlab que falou sobre o produto Audprot trazendo a problemática da perda auditiva irreversível por causa dos ruídos intensos e apresentando uma solução baseada em um app e um dosímetro (medidor de ruído), sendo o público-alvo composto por empresas, engenheiros de trabalho e os trabalhadores em geral. A banca avaliadora questionou sobre o modelo para escalar o negócio, concorrentes e diferenciais da solução.
A Hunt apresentou sobre o problema de seguir uma rotina fitness e trouxe uma solução All In One (soluções que centralizam diversas funcionalidades em um único ambiente), foi feita uma demonstração ao vivo com o smartphone de como seria contagem de exercício por meio de visão computacional e testaram a versão beta do app no Parque da Sementeira com possíveis usuários da solução. A banca avaliadora questionou sobre o MVP (Produto Mínimo Viável, concentra-se nas funções práticas de um produto e oferece o número mínimo de recursos necessários para resolver o problema) e o MVE (Experiência Mínima Viável, concentra-se na experiência que acompanha o produto).
A Hypo Predict veio com a experiência real de um de seus fundadores que possui diabetes e trouxe dados como 20 milhões de brasileiros terem diabetes e o mercado pode expandir para 26 milhões de pessoas em 2030. A solução é uma aplicação digital que usa dados para previsão de eventos de Hipo e Hiperglicemia, mas no futuro poderá ser usada para previsão de outras doenças como hipertensão. A banca avaliadora questionou sobre modelo de negócio e público-alvo.
A NextHealth apresentou sobre o problema da gestão da escala dos profissionais de enfermagem para evitar o desgaste desses trabalhadores. A solução proposta destaca o uso de computação inteligente e machine learning para prever situações e otimizar processos, também possui potencial de adaptação para outras áreas, como segurança pública e departamento de química, ampliando seu alcance e aplicabilidade. A banca avaliadora questionou sobre a rentabilização do modelo de negócios e a estratégia de captação de clientes.
O projeto da equipe PowerOfSun propõe soluções de energia solar com placas solares, controladores de carga e baterias para armazenamento, oferecendo um sistema off-grid integrado com automação e consultoria técnica. O modelo de negócio inclui a venda de produtos e kits completos, além de serviços de elaboração do projeto, instalação e assistência técnica. A banca avaliadora questionou sobre o modelo de negócios e o diferencial da startup em relação à concorrência.
TeneBite veio com a problemática de alimentação por meio de insetos como o Tenébrio molitor que pode ser vendido in natura, em formato de farinha e como ração peixes ornamentais. As vantagens apontadas foram o menor consumo de água, menor consumo de ração e menor espaço requerido para a criação dos insetos que tem 60% de proteína, mas que a carne bovina que tem 37% e causa a degradação de 28 milhões de hectares de pastagem. A banca avaliadora questionou sobre o público-alvo e o modelo de negócios.
A Vizzy trouxe a problemática da acessibilidade para deficientes visuais e como isso causa exclusão digital e falta de autonomia. Foi relatado informações como 6,5 milhões de brasileiros apresentam deficiência visual severa, 506 mil possuem perda total de visão e 80 mil sergipanos sofrem com esse tipo de deficiência. A solução proposta é um plug-in contendo diversas funcionalidades para acessibilidade visual por meio de comandos de voz para navegação em sites. A solução foi testado com pessoas atendidas no Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual (CAP) e funcionários do BANESE. A banca avaliadora questionou sobre modelo de monetização e ganho de escala.

As equipes ganhadoras receberam um troféu que simboliza sua jornada na quarta edição do Programa e uma Bolsa de Incentivo à Inovação em valores que vão de 1mil à 8mil reais. Porfim após a votação dos avaliadores o Ranking ficou da seguinte forma:

5° Lugar - Next-Health - R$1.000,00
"A solução inteligente para otimizar a gestão de sua equipe de enfermagem. Aumente a eficiência operacional, reduza custos e garanta a segurança de seus profissionais e pacientes com nossas escalas de trabalho personalizadas. "

4° Lugar - Hunt - R$2.000,00
"O nosso aplicativo procura ajudar a criar e manter rotinas fitness para o usuário manter um estilo de vida mais saudável, diminuindo a obesidade e aumentando o bem estar como um todo."

3° Lugar - Vizy - R$4.000,00
"Somos uma startup voltada ao desenvolvimento de tecnologia assistiva. Nosso principal objetivo é promover uma maior inclusão, autonomia e equidade de pessoas com deficiência visual em ambientes web."

2° Lugar - Hypo Predict - R$6.000,00
"Somos uma startup que desenvolve soluções inovadoras para diabéticos que sofrem com crises de hipoglicemia. Nosso objetivo é fazer com que esse grupo tenha uma melhor qualidade de vida, prevendo as potenciais crises e evitando-as."

1° Lugar - EngScan - R$8.000,00
"O EngScan transforma a engenharia civil diagnóstica, automatizando vistorias prediais com precisão e eficiência. Ele reduz semanas de trabalho para minutos, entregando laudos detalhados e confiáveis. Economiza tempo e aumenta lucros."
Marcos Vasconcelos, representante da empresa parceira Inova·se e do CajuHub esteve presente no evento para divulgar o espaço de coworking do CajuHub. O espaço tem o intuito de estimular o empreendedorismo e o desenvolvimento de novos negócios tecnológicos no estado de Sergipe.
A Agitte.se agradece ao público presente pela participação no evento que uniu inovação, criatividade e incentivo à colaboração. Também agradece aos parceiros Universidade Federal de Sergipe, Sebrae Sergipe, Tiradentes Inovation Center, Cine Alquimia, SergipeTec, INPI Brasil, Edie Online, Inova.se, Fwk e Fapitec pelo apoio prestado nesta edição da Vitrine de Startups e que a força da inovação esteja com todos vocês!

Por: Letícia Almeida, Amanda Luiza e Rodrigo Santos
Essa vitrine foi show!